quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Ser imcompreensível

Não sei mesmo de todo como começar isto. Talvez porque nem me lembro bem como isto surgiu, como começou, o que me suscitou interesse na tua pessoa. Acho que foi apenas o teu jeito de estar no meio de nós, a forma como sorris – e que sorriso bonito tu tens, god… - também pelo teu olhar intenso, lento, confuso, dos teus olhos castanhos quase negros. Continuo hoje sem saber porque me causaste este sentimento, esta coisa que anda aqui a crescer e eu juro-te que não sei porquê… já não há ligação, afastei-me. E por muito perto que eu tentasse estar tu sabes que não merecias, porque não sabes o que queres ou talvez mesmo só porque tens um medo avassalador e eu sou um pássaro livre.

Tens o dom da palavra. Sabes-me confundir melhor do que qualquer outra pessoa. Sabes como me olhar, e já há muito que não encontrava alguém que me soubesse olhar. Talvez esteja a exagerar porque gosto de ti, ou talvez não, não sei bem – cá estou eu a confundir-te, as always – tens contigo pontos fortes, tens uma alma pura, mas não te modifiques por favor, não o faças! Sei que eventualmente saberás do que falo, mas não mudes, sê tu mesmo, mesmo que não me ligues mais para tomar café, mesmo que já não falas comigo regularmente, mesmo que não compres uma tablete inteira de chocolate, porque és viciado, e deixes metade para mim, mesmo que não me dês um beijo na testa de todas as vezes que nos despedimos, mesmo que não me mandes mensagem a perguntar se estou bem todas as sextas ao final do dia. Mesmo que já não faças mais isso e eu te ignore, não mudes! Afinal foste tu que me disseste que és tu próprio e que não andas cá para agradar ninguém. Lembra-te: que “o que para uns consideram defeitos para mim são qualidades.”

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