terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Excertos (II)


Às vezes gostava que ele tivesse sido tu e tu fosses ele. Para de algum modo tu seres o amor impossível, porque a distância é física e não imaginária. É insuportável por ser enorme e torna-se uma barreira quase impossível de saltar. Gostava que fosse ele a estar aqui perto, a nível de quilometragem e longe no que toca ao tempo. (...) Felizmente isto acabou, não necessito nem quero te ver mais. Não preciso!
(...) Quero apenas que ele saiba que se eu pudesse eu estava lá, a ocupar o silêncio das noites dele, a preencher os espaço entre os dedos dele com os meus, a aquecer-lhe  a cama antes de se deitar, só para ter o calor do meu corpo como presença nas noites gélidas de Inverno. Queria estar mais lá e não aqui. Queria poder vê-lo ao invés de imaginá-lo.

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